Das ausências
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"Pela marca que nos deixa
A ausência de som que emana das estrelas
Pela falta que nos faz
A nossa própria luz a nos orientar
Doido corpo que se move
É a solidão nos bares que a gente freqüenta
Pela mágica do dia
Que independeria da gente pensar
Não me fale do seu medo
eu conheço inteira a sua fantasia..."
(Oswaldo Montenegro)
Tua palavra bailava nas minhas manhãs
- era a poesia que eu decifrava -
que me acalentava no delírio das febres terçãs
como se fossem mandamentos e alimentava
meu corpo e meu dia, por todo o dia,
por todo o tempo, por todo meu momento
meu carnaval fora de época, minha folia
minha festa, minhas águas em movimento
tua alegria escrita em forma de desejo
era a manteiga deslizando no meu pão
a saliva escorregando, toda macia, no beijo
a luva que cabia na palma e dedos da minha mão
tua palavra brilhava como a estrela Dalva
- que ainda ficava piscando pelo dia -
depois de abraçar a noite de lua mais alva
na minha letra torta e de imprecisa poesia
teu verso era a lona do meu circo, a conta do terço
o feitiço que em meu caldeirão eu misturava
era como fosse meu primeiro amor e não esqueço
como o primeiro gozo que, sem saber, eu já gozava...
"...quando eu não estiver por perto,
canta aquela música que a gente ria,
- é tudo o que eu cantaria -
e quando eu for embora, você cantará..."
Simultâneo:
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