Verdade

Sem pudor em minha frente passastes

Pelas frestas o mundo inteiro te vigiava,

Porém, não sabia onde tu habitavas,

Se na terra ou na imensidão dos mares.

Para o desencanto das mentiras

Firmemente teu habitar revelavas

Mostrando-te tão verdadeiramente

Até nos sonhos que o poeta sonhava.

Quem a ti carregava alto preço

Pagava, mas era melhor assim:

Sofria, todavia jamais se enganava.

Nas investigações dos tribunais sempre

Te evocavam, porém muitas vezes te negavam,

Mas quando vinhas, o inocente absorvia

E o réu sem piedade condenavas.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 21/06/2008
Reeditado em 07/08/2008
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