Encontro do Amor
Célia Matos
Meus olhos te encontraram síplices,
na escuridão da noite...
Pouco a pouco foi pedindo-te amor,
E no silencio da minha solidão,
Entraste pela fresta da minha morada,
E nesta escalada da vida,
Tu subiste no último degrau do meu coração.
Meus ouvidos captaram teus murmurios,
E todos os meus sentidos se alertaram,
Ao ouvir teus suspiros cadenciados,
No compasso do nosso encontro.
Foi tanto e tamanho o calor do nosso contato,
Que aos nossos ouvidos chegaram,
Sons misteriosos de uma felicidade completa.
Minha boca, então quis pronunciar-te,
Quis dizer-te da força da paixão no amor,
Mas o calor do teu másculo cheiro,
Transportaste-me para mundos longincuos,
Onde a voz não fala as loucuras,
Onde a consciencia manifesta, apenas,
os apelos deste divino momento.
Como em mágica, nos unimos e voamos,
lentamente por reinos que só nós podemos chegar,
Com este sentimento que nos envolve.
Nada, agora, nos dispersa ou nos confunde,
Somos um em dois ... dois em um ...
Externando em nós, o grito silencioso do amor.