POSSÍVEL EROS

Ostentas nas madrugadas,

face oculta, nesga do ser.

Cruel espelho embaçado,

refletindo, uma possível metáfora.

Ocupas fiel pensamento,

a devorar-me o tempo precioso.

Uma vez que busco respostas,

por atração tão fatal.

Despindo-me a alma em versos,

uso da noite a lira.

E revelo ao eu encantado,

tuas possíveis facetas.

Batizo-te, Possível Eros,

da noite e da face oculta.

Proibido ou desejado,

bater de asas revoltas.

De ti conheço a ciência,

nas palavras que ceifam amor.

E do teu olhar eu não sei,

e a tua voz eu desconheço.

No silêncio me procuras,

e no silêncio te observo.

E o coração sabe da chama,

que se inflama nas afinidades.

E a minha sapiência,

entornastes em rosários.

Em sentimentos despertos,

que me impelem às tuas rotas.

E vivem-se horas santas,

em fluxos de almas letras.

E tua presença ou ausência,

são estímulos para poesias.

Iva Tai
Enviado por Iva Tai em 21/06/2008
Reeditado em 11/10/2008
Código do texto: T1044162
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