Amor de Papel

Declinei-me por sobre a janela

Dentro de mim,apagada, cheia

De cores lindas mas desbotadas

Por trás da janela,havia um talhe

Moldava-me impassível sobre

Minha sombra obliqua

Janela de papel rabiscada de memórias,

O manto noturno,respirava os melindres

Do velho mar,que chorava na selva salina

Os papiros adormecidos nas dobraduras

Escondiam os fantasmas,que reclamavam

Saudades abandonadas deste coração de amor.