Menina sem nome

Menina sem nome,

eis que tão pouco sei.

Sei que são olhos claros,

São claros cabelos, e,

ainda assim,

eis que tão pouco sei.

Sim, sei de um breve sorriso,

tão caro, tão claro

(tão raro, talvez?).

Apenas um pouco, sim,

um pouco sei que sei.

Sei que é sincera (pudera)

e leve como o ar.

Sei, menina, que teu peso

é de leve carregar.

De um tão leve carregar.

Sei, ainda, não gostas de rosa

(será de rosas a vida?),

de tão frágil cor.

E sei que és forte,

que gostas de azul,

do azul sempre azul,

doce-azul-do-mar

doce azul de um olhar.

Sim, menina sem nome,

sei que mais eu diria,

mas que pena, confesso,

eis que tão pouco sei.