ESPERANÇA ENGAIOLADA
ESPERANÇA ENGAIOLADA
Jorge Linhaça
As asas, da esperança, contidas,
entr'as barras da gaiola do medo,
o relógio tem as horas, medidas,
o temp'escoa por entre seus dedos.
Lá fora, no céu, fazem revoada,
as esperanças, livres de grilhões,
a voar pela celeste estrada
buscado unir a dois corações.
Luz, que repousa no corpo sofrido,
impregnando os poros latentes,
ouví, agora, o canto sentido!
Aquece a alma e o corpo latente
Empresta-me, pois, raios coloridos,
dum arco-íris, eterno,imorrente