Qual a fórmula do olhar?
Ao me cegar, todas as noites
Forjado em pesadelos, em açoites
Olhando-te ir embora, ao Bel Luar
Qual a origem do Ser?
Das horas, da angústia e da insistência
Impregnando o corpo e a inocência
De um sentimento, por assim dizer
Qual a peça, qual fundamental?
Que faltou, na engrenagem desse Amor
Um dilema eterno, e atormentador
Uma coisa estranha, e sobrenatural
Qual fato, qual sabor, ou tempo?
Resignado ao místico cortejo
Do peregrino em seu humilde ensejo
Reformulando assim, breve momento