JOGO DE ESPELHOS
Gostas Tu
Não gosto Eu
Gosto de Ti
Mas não Tu de Mim
Neste
Jogo de Espelhos
Cujo arbitro parece ser Deus
Porque na íris
De sentimentos
Que se queriam imortais
Eles por demasiadas vezes
Caem
No mais absoluto
E cruel
Esquecimento
A vida
Essa grande roda existencial
Que nunca para de rodar
Ensinou-me
Que em vez de estar
Ao pé de Ti
Posso ficar num outro lugar
Perto ou longe
Nem eu
Sei bem se o quero saber
Pois as folhas que caem
Da árvore do amor
São lágrimas
Que te irão acompanhar
Independentemente
Do lugar
Para onde fores…
Devido ao facto incontornável
De não reconhecer a minha imagem
De nela a nada me assemelho
Talvez por isso
Isto não passar de uma história
Com final triste
À qual chamei
Jogo de Espelhos