AUGUSTA EXISTÊNCIA

No paroxismo das minhas algias, clamei

Ao mundo, no afã de esta cruz me livrar,

Ninguém ouviu o meu bramido, pensei:

Mais um crepe que tenho que surportar.

Caminho torso que para mim foi traçado,

Cheguei a lassidão de contra ele pugnar,

Esperança de um coração estraçalhado,

À felicidade plena de um dia a encontrar.

Sou vítima sentida desta vida passageira,

Não quero mais os átimos da escuridão,

Revezes beluínos que, de certa maneira,

Fizeram vendavais com a minha paixão.

Perene tristeza é a minha companheira,

Augusta existência é a minha confissão!

Riva. 102

Rivadávia Leite
Enviado por Rivadávia Leite em 26/01/2006
Código do texto: T104065