A TRAIÇÃO FIEL
Um dia a traição me convidou para fazer dueto, e seduzido eu aceitei;
Tomei as mãos da aventura e me doei às cinscunstâncias inovadoras;
Que outras formas e feições me satisfariam, sem esforço acreditei;
E me fingi de presa fácil perante as mínimas propostas sedutoras!
Chegando então a inovadora aparição, tentei gostar;
Mas o sorriso era pior e imensamente inferior o aroma da provocação;
Dei conta então de que algo bem superior habitava em meu lar;
E entre o instinto e a falta de vontade, prevaleceu meu coração!
Mais adiante chegou a mim mais uma cena feminina;
Feição pequena de menina, mas de atributos por demais exuberantes;
N'alguns instantes, até julguei desfrutaria de afrodisíaca adrenalina;
Mas até ali a verdade me ensina que disponho de diva mais radiante!
Não convencido das impossibilidades, me dei a uma nova oportunidade;
Então surgiu a própria sensualidade, regada a arquipélagos de ativos neurônios;
Pensei serem sonhos aqueles momentos de mesa farta, com sabor de novidade;
Mas a fome de verdade, só consegue vir à tona, perante a dona de meus hormônios!
Assim findaram meus dias santos, de flagrante iniqüidade;
Procurando novidade, andando em círculos e parando em meu ponto de partida;
Minha entrada se confunde com a saída, a mentira da vontade deságua na verdade;
Talvez se a intimidade imitar o céu que eu tenho, outro céu consiga!!