A TRAIÇÃO FIEL

Um dia a traição me convidou para fazer dueto, e seduzido eu aceitei;

Tomei as mãos da aventura e me doei às cinscunstâncias inovadoras;

Que outras formas e feições me satisfariam, sem esforço acreditei;

E me fingi de presa fácil perante as mínimas propostas sedutoras!

Chegando então a inovadora aparição, tentei gostar;

Mas o sorriso era pior e imensamente inferior o aroma da provocação;

Dei conta então de que algo bem superior habitava em meu lar;

E entre o instinto e a falta de vontade, prevaleceu meu coração!

Mais adiante chegou a mim mais uma cena feminina;

Feição pequena de menina, mas de atributos por demais exuberantes;

N'alguns instantes, até julguei desfrutaria de afrodisíaca adrenalina;

Mas até ali a verdade me ensina que disponho de diva mais radiante!

Não convencido das impossibilidades, me dei a uma nova oportunidade;

Então surgiu a própria sensualidade, regada a arquipélagos de ativos neurônios;

Pensei serem sonhos aqueles momentos de mesa farta, com sabor de novidade;

Mas a fome de verdade, só consegue vir à tona, perante a dona de meus hormônios!

Assim findaram meus dias santos, de flagrante iniqüidade;

Procurando novidade, andando em círculos e parando em meu ponto de partida;

Minha entrada se confunde com a saída, a mentira da vontade deságua na verdade;

Talvez se a intimidade imitar o céu que eu tenho, outro céu consiga!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 18/06/2008
Reeditado em 15/09/2009
Código do texto: T1039680
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