Para Julio Cesar

Amo-te como um bicho

enlouquecido e preso

inconseqüente e cego...

Um pássaro entregue ao vendaval

aflito e morto...

Um bicho arredio e extinto

enfermo

faminto...

Como um homem

sujo, de instintos e pavor...

Limpo, de amor e desejo...

Amo-te como um bicho

selvagem e perdido

nítido e noturno...

Um demônio arrependido do destino

repartido e louco...

Um verso banalizado

desestruturado

comum...

Como um poeta

ávido, insensato e tolo...

Gigante, insignificantemente profundo!

Alana

Alana Martins
Enviado por Alana Martins em 18/06/2008
Código do texto: T1039623