Para Julio Cesar
Amo-te como um bicho
enlouquecido e preso
inconseqüente e cego...
Um pássaro entregue ao vendaval
aflito e morto...
Um bicho arredio e extinto
enfermo
faminto...
Como um homem
sujo, de instintos e pavor...
Limpo, de amor e desejo...
Amo-te como um bicho
selvagem e perdido
nítido e noturno...
Um demônio arrependido do destino
repartido e louco...
Um verso banalizado
desestruturado
comum...
Como um poeta
ávido, insensato e tolo...
Gigante, insignificantemente profundo!
Alana