BARRO INGRATO

O barro que te fizeram

É o barro do qual nasci.

O teu alimento foi a

Folha da árvore que plantei.

A fruta da qual bebeste o suco

Por mim foi cultivada.

Foste gerado, alimentado e

embevecido pelo sangue do corpo meu.

Nasceram plumas, pelos e fios em teu corpo,

Tua carne ficou rica em volume, mas

O barro do teu cérebro que nasceu cinza,

Tu o tornaste negro de tamanha ingratidão.

O brilho do teu rosto que era intenso,

Deixou de ser brilho por atos incontidos.

Teu rosto se fez opaco contendo a verdade.

Colho frutos e legumes, mas tu

Estás faminto.

A árvore que te acolhia já não vive mais.

Pisastes no barro que te fez!

Jogastes o teu alimento à deriva

E o fruto que te embevecia,

Tu o humilhaste e ele secou!

Mariângela Bharros Moraes - 08/06/1985

Mhariângela Moraes
Enviado por Mhariângela Moraes em 17/06/2008
Reeditado em 19/06/2011
Código do texto: T1038629
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