Admiração etérea

Eu gosto é da beleza incerta

Aquela que está nos olhos de quem vê

A beleza oculta, profunda, que só os olhos da alma podem enxergar

E não aquela perfeição estática, nauseante e bucólica, a qual insistem em nos condicionar à veneração suprema

A plenitude de um sentimento se estende à carne

Se estende à mente

E talvez até ao universo

Não é possível obrigar-se a reconhecer a grandeza do outro

A vista da beleza pura é turva, imperceptível e é emoldurada inconscientemente para se eternizar na memória

É inefável, sublime...

Etéreo, pois não se pode tocar a essência...

Apenas senti-la.

out 2005