Poema 0573 - Amar teu amor

Dê-me teus olhos, mesmo tristes,

dê-me tua mão, o braço, a boca...

dê-me tua paixão, assim como ela é,

dê-me promessa, espero,

dê-me teu amor para ficar meu.

Quero o meu corpo perdido como minha alma,

não em um crepúsculo qualquer, quero além,

ninguém depois de ti, apenas o amor nosso,

como o azul que pinta todo o céu que sonho,

volto à janela e não te vejo, ainda é cedo.

Fecho os olhos, vejo uma festa dentro de mim,

até o sol se pôs mais cedo para a noite chegar,

não compro caminhos, conquisto-os, assim ontem,

hoje a paixão acende dois corpos nus, meu e teu;

lembro da noite passada, feliz, continuo de olhos fechados.

Faço silêncio, as pessoas estão em silêncio,

dentro e fora do mundo, aqui não é mundo,

porque o amor virá em um repente de luz,

deixa a tristeza, lágrimas alegres até pode...

quando distante, muito depois, sorria, te amo.

Escrevo palavras ditas por um Deus só meu,

venderei a solidão barata, jogarei fora aos pedaços,

separando-me com um golpe forte da espada na carne.

Faço-te sentir a força de um querer bem maior;

quando triste, recordas-te, amor é aquele que carregas.

Não é dia, não é noite, não sinto nada, apenas o amor em ti,

deixo meus pés escolherem o caminho na trilha,

rodeando as pedras que a vida largou, nada impede,

não o amor, a paixão feita de um e outro corpo amante,

até que as imagens voltem aos olhos, te amo com minh'alma.

24/01/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 25/01/2006
Reeditado em 25/01/2006
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