Noturnos
Era tarde de calor escaldante, sobre a mesa
Uma cerveja gelada, garrafa com
Superfície orvalhada e crespa qual
Folha respingada antes de o sol nascer
Tanto bebiam quanto falavam os amantes da geladinha
E à medida que relaxavam a voz gradativamente
Aumentava, coração duro pateticamente ao amor
Apelava, sem querer da realidade saber.
O Garçom mais cerveja trazia, recolhia a garrafa
Vazia sem ao menos uma palavra dizer
Os amantes da boemia à noite jaziam à espera
Do alvorecer...
Abraçados os casais da boate saiam como abelha
E o mel, beijando e se abraçando cada homem
A sua Rapunzel, que ainda menina já desejava o céu.
De repente veio à realidade e a vida sem piedade
Revelou-lhes a verdade, os que amavam amando
Continuaram sentindo-se na Torre de Babel
Os demais continuaram tentando um lugar ao céu;