MEU AMOR
por Regilene Rodrigues Neves
Te amo
Quando desisto
De insistir que não...
Que ainda quero
Viver esse amor
Que no tempo sobrevive
Velado nas entrelinhas do meu eu...
Confessando em m’alma
Eternamente te amo
Sem fingir para mim mesma
Que não te quero mais
Quando ainda quero mais que tudo
Esse compulsivo amor
Que bate desesperadamente no meu coração...
Despido em frágil emoção
Quando ouço tua voz macia
Chamando-me meu amor!...
Eu me rendo
A todos os medos
E incertezas que pairam
Nas sombras dessa distância entre nós...
Ultrapasso essa solidão tamanha
Que dantes eram navegantes caminhos
Em tua direção tomando a dimensão
De uma porção mágica que me alimentava
De amores por ti... Persisto em navegar
Teus caminhos para que meu barco
Não fique a deriva sem destino...
E que eu volte a sonhar
Sonhos que eram teus
Roubados por ciúmes infundados meus
Que quisera tão somente inteiro no meu eu
Pelas carências marcadas em mim
Amando um amor, sobretudo maior que a razão...
Que dantes se perdera em sôfrega obsessão
De ser amada na mesma proporção...
Mas hoje nada mais quero
Que ser esta declaração
Que nada espera de ti
Apenas que ouça
O som do meu coração
Que é fortemente feito
De amor e emoção...
Ainda que dele não partilhe mais
Não mais importa
Não preciso mais de ti para amar-te
Ele já cresceu e sobrevive solitário
Andante nas avenidas do meu...
Precisa apenas de ti
Para sentir um olhar
Sobre o silêncio
E navegar mares adentro
Nas ondas que se beijam no infinito
Ouvindo esse grito de amor
Que parte rumo ao teu coração
Em louca emoção de amar-te novamente...
Para que eu suspire
Suspiros de uma felicidade
Meramente minha de um amor teu!...
Em 13 de junho de 2008