No compasso da paixão

Meu amor anda assim...fervendo

Ebulição constante em fogo brando!

A realidade fugindo...meio ardendo

Fui inoculado pelo teu doce veneno

Logo eu... um mero sonhador sereno

Agora vou leiloando minhas ilusões

Coisas estranhas revolvem...rompem...

Aqui por dentro das minhas entranhas

Será que eu vou morrer desta chama?

Mas ela... está também quebrando...

A resistência ferrenha às emoções

Está vencendo o meu pragmatismo...

Refém consentido do racionalismo

O muro onde me havia prostrado...

Pouco a pouco vai sendo derrubado

E está soprando um ar bem puro...

Que louco respiro ávido e seguro

Trabalho assim o lado sensitivo...

E mergulho...escrevo...produzo!

Conto ao mundo e me conduzo...

Bebendo... da água dessa fonte

Sinto da paixão... nascer o amor

Misturando...degustando seu sabor

Vou soltando este canto... sem dor

E dou meus passos... ora alternados

Firmes...reflexivos e compassados

Muito típico de alguém apaixonado

Componho algum verso encontrado

Que suspiro meio tímido e calado...

Para ver se digo e sou bem ouvido

Pela amada... que me envenenou...

E da qual estou assim...envenenado

Você sabe quem é ela...a danada?!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 13/06/2008
Código do texto: T1032632