O que o amor fez em mim!
E o amor venceu.
E quebrou os grilhões da minha paixão.
E o amor foi o escudo,
Pra me livrar das pedras atiradas.
O amor veio e livrou da prisão.
Só o amor pôde escalar os muros da minha masmorra,
E me oferecer à luz na imensa escuridão.
O amor adentrou meu jardim, seco, cheio de flores murchas,
E semeou as sementes das rosas mais belas,
Fez em mim aquarela.
O amor me recompôs, me vestiu, já que estava nua.
Trouxe pureza ao que era sujo,
Lavou-me com a correnteza de suas águas
E me tornou alva.
Só o amor venceu meus medos,
Pois sua coragem venceu meus receios.
E o que era fobia, transformou-se em magia.
O amor trouxe mágica, imaginação.
Ao que era morto trouxe vida,
Ressuscitou o sorriso da minha tristeza,
E se fez festa em mim.
Só o amor pôde me encontrar,
Pois que estava perdida entre a multidão dos desenganados.
O amor Atirou-se em meus braços,
E aninhou-se em meu colo.
O amor voou rasante no meu chão.
E nos meus portões fixou-se.
As minhas portas fechadas, abriu,
O meu castelo destruído reconstruiu.
O amor me renovou,
E semeou em mim a paz.
Não me deu adeus,
O amor em mim se faz.
O amor me refaz.
Sou eu sua nova moradia
Casa de areia antes, agora, casa firmada.
O amor é minha bandeira.
O amor é minha espada.
O amor me iluminou, me deu valor.
O amor vive hoje em mim.
Quem quisê-lo, procure a mim.