Constatando
Para que conste
Esperei na garganta da noite
Na língua da madrugada
Nos dentes da manhã
Nos lábios da tarde
E assim fui engolida
Tragada por um dia comum
Num ato óbvio, mas obsceno
E orvalhei naquele deserto,
Tão seu conhecido
Para que conste
Esperei na garganta da noite
Na língua da madrugada
Nos dentes da manhã
Nos lábios da tarde
E assim fui engolida
Tragada por um dia comum
Num ato óbvio, mas obsceno
E orvalhei naquele deserto,
Tão seu conhecido