*Vale a pena ler de novo* - Às Seis da Tarde
Quando bate às seis da tarde
Vou depressa me aprontar
Pra escola eu quero ir
Mas não para estudar
Vou ver a moça bonita
Com quem quero namorar
Dona é do meu coração
Moça espetacular
Ela inda não sabe disso
Mas isso não importa, não
Se um dia crio coragem
Conto tudo a ela, então
O importante é poder vê-la
Toda bela e orgulhosa
Com olhos cor de ciano
E lábios da cor de
Bela como um imenso campo
Dentro do meu coração
Nela, sim, não há defeito
Erro nem deformação
E seu hálito me dá ganas
De sentir seu paladar
De sentir a sua boca
Toda cheia de saliva
De poder sentir seus dentes
Junto da minha gengiva
De beber a sua água
De lamber a sua língua
Que isso logo aconteça
Antes que eu morra à míngua
Ela é moça agradável
Gostosa de conversar
Mas tem um coração duro
Só por não querer beijar
De beijá-la tenho sede
De sentir seu paladar
De lamber as doces paredes
De sua boca delicada
Seus lábios me dão vontade
De não querer conversar
Nem ouvi-la a estar falando
Mas apenas lhe beijar
Mas a sede me está matando
E a sede não posso matar
Ela está me sufocando
Só porque não quer me agradar
Ops!, dá licença agora
Que o sinal já se bateu
Já passou até da hora
De pegar tudo o que é meu
E ir embora
Adeus, adeus
*Luiz Carlos*