A Tempestade Passou

A Tempestade Passou

Eu costumava ser um sábio sensível, que ajudava as pessoas

Mais a frieza delas, me fez como um navio afundar pela proa

Fiquei em um mar escuro de ilusão, vagando sem farol como guia, a toa

A ilusão me puxava para águas profundas , escondia as lágrimas em meus olhos , e a restante esperança em mim voa

Sim criou vida própria , eu a meses no mar devia estar chegando a Shangri –lá

Quem sabe, quem resgate minha auto estima esteja lá

Que liberte meu coração, como de uma gaiola um pássaro a soltar

Eu senti minha força sumir , água invadiu meus pulmões , estava in útero , mas sem proteção me senti afogar .

Acordei em minha cama, banhado de suor

O pesadelo foi tão real ,em água me tornaria pó

Na rua uma melodia em Mi menor

No espelho meu rosto em dor maior

Peso demais nas costas para carregar

Meus passos pela casa afundavam o assoalho, a cada pisar

Arranhei o braço, na quina de uma lasca de madeira

Era sangue , sangue , o mesmo sangue que corria envenenado em minhas veias

Envenenado pelos revés, do gira , gira mundo

Mais eu tinha esperanças ,era um ser profundo

Mesmo que tentem macular minha mente, não serei imundo

O telefone toca, há dias não tocava

Era você, em pétala de rosa

Com a voz que para mim, era uma prosa

Senti-me melhor

Meu coração menor , dilatou

Nas Pupilas dos meus Olhos, a Tempestade passou.

Autor : Lauson Silveira