SILÊNCIOS DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves
Paira em m’alma silêncios múltiplos de amor
Ora carregados de desejos ora carente e sensível
De ouvir uma declaração despida de segredos
Sem mistérios de amor apenas entregue a mim
Numa palavra simples que confesse puros sentimentos...
O resto fala por si
Sem disfarces sem medos
Sem meras utopias...
Apenas escrita: Te amo!...
Pelo coração
Que começa e termina
Numa etérea declaração
Solta na alma em laços de ternura...
Nada mais quero que ouvi-la
Após silêncios de um olhar
Que desmonte minhas estruturas sólidas,
Disfarçadas de forças para não ser
Aquela que sempre te procura
E você não houve meu chamado...
Querendo romper as barreiras
Da distância que nos separa
Em longínquas quimeras de amor...
Levando m’alma por devaneios teus
Ouvindo-te sussurrando dentro de mim
Mais que uma declaração entregue
Num poema deixado sobre a escrivaninha
Enquanto adormecida sonhava contigo...
Silêncios nos separam
Ao sabor sorvido de uma lágrima
Que escorre triste
Velada de solidão...
Ignoradas debaixo de um mesmo teto
Onde passamos opostos sobre o mesmo caminho...
Ainda nos lembro
Numa paixão desmedida
Cheia de declarações infinitas
De um amor que nunca se separaria
Por mais que as interferências do dia a dia
Teimassem em dizer que não
Elas jamais seriam maior que o amor
Que um dia nos completou...
Ainda não compreendo o que nos separou
Fora tudo o que o meu coração mais amou...
E agora preciso estar aqui nestas sentimentalidades
Despindo-me a ti para que ouça o nosso amor
Batendo na porta do meu coração
Querendo viver-te toda uma vida
Até que a morte nos separe...
Mas em vão ouço apenas silêncios entre nós dois
Numa despedida de indiferenças
Rasgando m’alma de um poema teu
Escrito para sempre te amo
Mesmo que o som do meu coração
Seja apenas ouvido por silêncios
De uma triste canção que toca
Bem fundo meu coração
De um amor teu!...
Em 11 de maio de 2008