O AMOR

Essa água que transcorre por este mar sem fim

Essa salgada e límpida forma de ondear até a areia branca e pálida

Molha meus pés, enxuga meu corpo, esfria minha alma.

Se todo esse mistério invadisse meu espírito, circundasse todo meu sistema orgânico e envenenasse meus órgãos vitais nada se compararia ao mistério da paixão, a toda sua formosura, sua periculosidade.

O amor envenena, muito mais que soporíferos ou drogas alucinógenas e letais. Ele invade nosso inconsciente, faz suspirar uma angústia que invade o peito, rapidamente, como que se injetasse em uma de nossas veias.

Ah o amor! És melancólico, impaciente e triste. É insubordinado a qualquer criatura, acima de tudo e de todos.