O SILÊNCIO QUE VAGA NO DESERTO
SINTO EM MINHA BOCA O SAL
DAS LÁGRIMAS QUE POR TI DERRAMO
NA MINHA ALMA, SOMENTE O FRIO
DAS NOITES QUE POR TI EU CHAMO
CHAMO PORQUE SEI QUE NÃO DESEJAS
QUE EM TEUS SONHOS DE AMORES, EU FAÇA MORADA
SEREI PRA TI O CANTO TRISTE
DA AVE QUE MORRE NA ALVORADA
SEREI TAMBÉM O SILÊNCIO DA MONTANHA
QUE ENCOBRE O VALE COM SEU MANTO
A LÁGRIMA QUE ROLA À SEPULTURA
ONDE DORME O AMOR QUE PRANTO
O SILÊNCIO QUE VAGA NO DESERTO
E O TÉDIO DA SOLIDÃO
DAQUELES QUE, SEM AFETO, NA VIDA PENAM
SEREI O VAZIO DO CORAÇÃO
QUANDO NAS FRIAS TARDES DE JULHO
AS CHUVAS CAÍREM NO TEU TELHADO
SE POR VENTURA,TU EM MIM PENSARES
ESTAREI QUIETO DO TEU LADO
NAQUELA GOTA QUE TRISTONHA CAI
E, AOS TEUS PÉS, ROLA SORRATEIRA
PRA NUM INSTANTE TE TOCAR
E FAZER VALER A VIDA INTEIRA