INEXPLICÁVEL

Nem sei como dizer o que seria, o que nem mesmo sei se é;

Esse sequer além do traduzir, com cara de porém;

Ninguém vai tão além, a ponto de ultrapassar o até;

Nem sei se a chamo de mulher ou de um divino ser aquém!

Que aparição é essa, meio vulto e iluminação?

A ponto de pairar acima da inspiração da arte que não lhe pinta?

Nem arco-íris ou tinta, tingiria cores de igual perfeição;

Que faz um único (meu) coração bater com a emoção de trinta!

Vou dispensar os meus neurônios, por falta de competência;

Onde foi parar a sapiência, perante tal delírio?

Nem mesmo o lírio trajado de flores, retrata essa ciência;

É uma experiência do que não se alcança e que me lança ao martírio!

Meus olhos vão sofrendo e meu peito segue saqueado;

Sigo maltratado pelo afã, que escorre sem sair da minha boca;

Deslumbre em forca, asfixiando meu inteligentismo condenado;

Meu raciocínio quer dizer-se apaixonado, mas sua capacidade é pouca!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 10/06/2008
Reeditado em 11/09/2009
Código do texto: T1027508
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.