INEXPLICÁVEL
Nem sei como dizer o que seria, o que nem mesmo sei se é;
Esse sequer além do traduzir, com cara de porém;
Ninguém vai tão além, a ponto de ultrapassar o até;
Nem sei se a chamo de mulher ou de um divino ser aquém!
Que aparição é essa, meio vulto e iluminação?
A ponto de pairar acima da inspiração da arte que não lhe pinta?
Nem arco-íris ou tinta, tingiria cores de igual perfeição;
Que faz um único (meu) coração bater com a emoção de trinta!
Vou dispensar os meus neurônios, por falta de competência;
Onde foi parar a sapiência, perante tal delírio?
Nem mesmo o lírio trajado de flores, retrata essa ciência;
É uma experiência do que não se alcança e que me lança ao martírio!
Meus olhos vão sofrendo e meu peito segue saqueado;
Sigo maltratado pelo afã, que escorre sem sair da minha boca;
Deslumbre em forca, asfixiando meu inteligentismo condenado;
Meu raciocínio quer dizer-se apaixonado, mas sua capacidade é pouca!