Acalanto

No ar um canto, calmo um palpite

Dentro de mim, mas tão calmo

Que provoca desejo de amor sem fim.

Voam os pássaros, ocupando espaço

Inexistente, mas tão visível

Que alegra um instante a alma da gente.

No ar um segundo canto, acalanto

Da dor, duas ararinhas azuis

Que o mundo sobrevoam solicitando amor.

Em seguida o silêncio volta, amena

Vem a aurora, mas tão amena

Que recomenda amor de outrora.

E assim os ciclos se completam, perpétua

Fica só a história, porém, eternizada,

Na vida de quem lutou e alcançou a vitória.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 10/06/2008
Reeditado em 10/06/2008
Código do texto: T1027409
Classificação de conteúdo: seguro