Acalanto
No ar um canto, calmo um palpite
Dentro de mim, mas tão calmo
Que provoca desejo de amor sem fim.
Voam os pássaros, ocupando espaço
Inexistente, mas tão visível
Que alegra um instante a alma da gente.
No ar um segundo canto, acalanto
Da dor, duas ararinhas azuis
Que o mundo sobrevoam solicitando amor.
Em seguida o silêncio volta, amena
Vem a aurora, mas tão amena
Que recomenda amor de outrora.
E assim os ciclos se completam, perpétua
Fica só a história, porém, eternizada,
Na vida de quem lutou e alcançou a vitória.