Solitários dias
Quando estou triste
e nada é como queria,
fecho a porta do meu quarto
e o caderno me faz companhia.
Me recordo que nem te conheci!
Por onde eu caminhei
você ainda não esteve
e apenas a solidâo
me segue à passos lentos.
Olho pela janela
e meus olhos molhados
contemplam a paisagem
deste lugar comum,
em que permaneço acorrentado
ao desejo de te encontrar.
O amor para mim,
ainda é utopia,
me deito sem ninguém
e me levanto sem alegria.
As flores do meu jardim
não aguardam nem um dia especial
e a rotina de ser assim
não pode ser normal.
Eu te procuro sem nenhuma pista,
sem rastro, sem sinal.
E nestes solitários dias,
caminhar tornou-se a minha sina,
sem encontro marcado,
sem saber em que esquina,
deixo meu pranto derramado
em tuas madeixas de menina!