Se eu, em meu coração, mandasse
Se eu, em meu coração, mandasse
Ordenava que ele, de pronto, parasse
De amar uma certa mulher.
Não que ela não mereça.
Muito pelo contrário.
A-penas não me deseja.
É preciso que ele a esqueça!
O core de sua dona
Tem direito legítimo
A seus caprichos,
A seu bel prazer,
A seu gosto.
Se ele me obedecesse,
Ele esqueceria seu rosto,
Seu sorriso doce,
E, dos seus olhos, os lagos azuis.
Ele não mais permitiria
Que os flamejantes raios de seus olhares
Violentamente o fascinasse.
Esqueceria também seu corpo lindo
Que na sua alma bela cresce e nasce.
Mas, chamá-lo de bobo
É muito pouco.
Ele é, mesmo, um louco
Em seu desvario.
É uma anta de teimoso
Em seu desatino.
Corre enorme perigo,
Põe sua pele à risco
Como três motociclistas
Em um só, da Morte, Globo,
Numa roleta russa(...)
--- Gabriel da Fonseca
--©dir. res. ao autor.
---Às Amigas.
Kurita KANIBAL – PR, 26/07/07; 948. Continua em http://bloggabrieldafonseca.blogspot.com