Braços cruzados defendendo o coração...

Quando chegaste

Meus braços estavam cruzados sobre o peito,

Defendendo o coração.

Com paciência e com ternura,

Muito devagar,

Descruzaste os meus braços

E quiseste todos os abraços

Que me foi possível dar...

– Por que descruzaste meus braços

para depois me abandonar?...

Cruzei meus braços de novo.

Defendi-me, escondi-me, fiz-me série e triste...

Hoje meus braços espontaneamente se descruzaram

E meu coração abriu-se para o amor...

Espero.

Aguardo.

Sonho...

– Mas nunca mais contigo!...

Cansei-me de teus rótulos e máscaras,

De teu riso zombeteiro

E teu sorriso sarcástico...

Hoje... sou semente fértil aguardando o plantio...

Sou botão de rosa aguardando o momento

Para entreabrir-se... Para perfumar...

Despi-me de todos os espinhos,

Pois quanto mais qualidade tem a rosa

Menos espinhos possui...

Espero as mãos hábeis e amorosas

De um jardineiro

Que saiba me regar...

Que traga o sol em seu sorriso

E a chuva mansa em seu olhar...

E que seja terno, tão terno,

Que saiba cuidar de rosas...

Plantar a semente em terra fértil

E a queira cuidar...

E ele vem!...

Talvez com a próxima estação das flores,

Onde desabrocham todos os amores!...

E meus braços serão só abraços

E minha voz será uma só canção...

E os meus lábios ainda beijarão

Com maior doçura e maior paixão,

Pois estou liberta de minha prisão!...

E eu o espero com braços abertos

Pois ele é minha libertação...

Quando chegaste,

Meus braços estavam cruzados sobre o peito

Com medo da ilusão...

Hoje, meus braços são abertos

Por mim mesma... E sem subterfúgios

Porque “ele” é “coração!...”

.....................

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 04/06/2008
Reeditado em 04/06/2008
Código do texto: T1019174
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