AMOR, SENTIMENTO FACEIRO!
Meu amor, a devoção que tenho por ti é tamanha,
Surpreende-me a grandiosidade deste sentimento.
É algo desmedido que anuncia o teu dengo, a manha,
Capaz de povoar-me a mente na lucidez do momento.
É... Penso que a nossa vida mudou, é deveras certo...
E para melhor, em toda a sua plenitude, na realidade.
Os nossos mimos, nosso jeito e defeitos, eu confesso,
Traduzem a essência do querer na sua espontaneidade.
Sinto que o tempo aproxima-nos e faz-nos inocentes,
Nesse fulgor que de tão sublime se aporta mui faceiro.
Vai de encontro aos impulsos desejosos e ardentes,
Despertando a libido, nas carícias, abraços, no teu beijo.
Este encanto que bate à nossa porta e nos afronta,
Brinca como criança em desatino, na esperança.
Revela o inusitado e benquisto amor que se agiganta,
Na terna vontade de nos fazer parceiros na temperança.
Somos perdão ao nos valermos da emoção que alucina,
Envolvidos pela sutileza do instante e na felicidade.
Sequiosos e determinados amantes da beleza e na sina,
Valentes, amados e tolerantes na justificada cumplicidade.
Como cúmplices, esmeramos ao ousarmos enfrentar...
A divindade e o esplendor de tão magnífica intenção.
A saga de dois inocentes, ávidos na arte do amar...
Na loucura, sensibilidade que nos move, nessa paixão.
Pirapora/MG, 04 de junho de 2008.