O amor é
O amor é admirável como rosas,
Em cores vividas desabrocha,
Eterniza-se no olhar.
Não tente possuí-lo, nem tocá-lo,
Não queira enjaulá-lo.
Quem o fizer, perderá.
Pois o amor não pode ser prisioneiro,
Não pode ser atraído e surpreendido por um algoz.
Ele desfalece assim que percebe que sua força incompreendida foi traída.
Sobra apenas o pó
E a leve lembrança daquilo que muito se desejou.
O amor livre é como a chuva:
Renova, transforma, e reaviva o que o tempo ressecou...
O amor que assim é tratado
À distância sobreviverá;
Ao tempo, não sucumbirá;
Ao medo jamais se entregará;
Permanecerá como fortaleza;
Como o sol não se findará,
Pois mesmo que a escuridão da noite pareça infinita
Sabe-se que a Aurora virá.