ESMERALDAS...
Tantas esmeraldas eu quis! Cor-Esperança!...
Verdes como o vento que vêm da doce mata,
Verdes como a relva dos campos mui macios,
Verdes como o limo no fundo das lagoas...
(– Mas escorregadio...)
Eu amei o verde e amei as esmeraldas!
Pedras preferidas, tons de coração
Cheio de Esperança, de sonhos, de quimeras,
Repleto de sorrisos, entrega e doação...
(– Doces esperas...)
As pedrinhas verdes, de ignoto chão,
Geradas nas entranhas da Terra, a Grande Mãe,
Eu as admirava como um tesouro
Que jamais sairia do meu coração...
(– Quanto desdouro...)
Hoje
As minhas esmeraldas
Voltaram ao lugar
De onde foram retiradas...
Minhas mãos: vazias!...
(– E tanto machucadas...)
Das “doces esperas” fez-se o desdouro...
Do “escorregadio,” os “machucados...”
Não tenho esmeraldas: resta-me a Esperança
Verde como a relva, inconstante como o mar...
(– Mas estarei sempre, eu, a te esperar...)