ESMERALDAS...

Tantas esmeraldas eu quis! Cor-Esperança!...

Verdes como o vento que vêm da doce mata,

Verdes como a relva dos campos mui macios,

Verdes como o limo no fundo das lagoas...

(– Mas escorregadio...)

Eu amei o verde e amei as esmeraldas!

Pedras preferidas, tons de coração

Cheio de Esperança, de sonhos, de quimeras,

Repleto de sorrisos, entrega e doação...

(– Doces esperas...)

As pedrinhas verdes, de ignoto chão,

Geradas nas entranhas da Terra, a Grande Mãe,

Eu as admirava como um tesouro

Que jamais sairia do meu coração...

(– Quanto desdouro...)

Hoje

As minhas esmeraldas

Voltaram ao lugar

De onde foram retiradas...

Minhas mãos: vazias!...

(– E tanto machucadas...)

Das “doces esperas” fez-se o desdouro...

Do “escorregadio,” os “machucados...”

Não tenho esmeraldas: resta-me a Esperança

Verde como a relva, inconstante como o mar...

(– Mas estarei sempre, eu, a te esperar...)

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 01/06/2008
Código do texto: T1015513
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