Amor desconhecido

Que amor desconhecido é esse,

que nos envolve

e nos faz perder a razão,

deixando-nos insensatos, descuidados e

inseguros sem a presença

um do outro?

Mas, ao mesmo tempo,

ansiosos, veias latejantes,

respiração ofegante,

coração pulsante,

no descompasso

de cada um dos nossos passos?

Que amor é esse,

desconhecido, mas amigo,

leve, livre e solto,

absorto em si mesmo

pois nos deixa tontos,

zonzos, sem querer saber nada

a não ser um do outro?

Que amor desconhecido é esse

que passeia entre a gente

e as almas transparentes

se envolvem em luzidios cristais

brilhando intensamente

entre corpo e mente?

Que amor é esse, desconhecido,

que nos faz ficar desse jeito:

tolos, meninos, infantis

na verdade, pueris?

Que amor é esse, desconhecido,

que nos seduz, onde o corpo deseja

almeja, ardente, em chama flamejante?

Ah! Esse amor é meu conhecido,

amigo, amante,

de paixão sem razão

mas que me seduz,

me envolve e me traduz,

em claridade solar,

só querendo e vivendo para amar.

De dia, de noite, a todo instante.

Amor amigo, vem me amar!

Sem um instante sonhar

E em meus puros devaneios,

concretizar.

(28/05/01 00:44 h)

Rosy Beltrão
Enviado por Rosy Beltrão em 29/12/2004
Código do texto: T1015