O Poeta mais uma vez,
Beijou a lona,
Caiu do cavalo
Ficou a ver navios
Desceu aos Infernos
E ainda está vivo.
Seu pulso ainda pulsa
Na, da vida, Roda-GIGAnte.
Agora, o Poeta exige:
Seu maquinista,
Rode essa roda adiante.
Desejo subir.
Não acelere muito,
Que fico tonto,
Toque pro Alto,
Leve e suave,
Sereno e tranqüilo.
Nem dê aquela paradinha,
Me balançando,
Quando o meu assento
Estiver bem lá em cima:
É muito, na barriga, frio;
Me dá vertigem.
Quero ir junto
Com Meu Novo Bem,
Segurando as mãos dela,
Estreitando-a junto ao peito,
Confiando-me a seus beijos
Nos momentos de espantos,
Dos calafrios,
Dos, percorrendo a espinha,
Arrepios.
Quero, com ela,
Lá do alto ver as estrelas,
A respiração suspensa.
Voltar a ser criança
Num, de Diversões, Parque,
Num domingo à tarde,
Onde o tempo de então,
Ainda que se o amasse,
De tão muito bem bom,
Rápido quase não passe,
Ainda que a gente
Nem tanto se amasse.
---Às Amigas, 22/10/07, 1123.