Ponto a ponto

Sob a ponte suspensa um regato

Sobre o pântano árvores floridas

Que oferecem vida à paisagem mórbida

Entre o fogo e o combustível, lágrimas

Que amenizam a dor sofrida, chuvisca

A brisa que apaga o ardor desta vida...

Devagar a noite olha... Ninguém percebe

O efeito da aurora que vem para ficar

Voam os pássaros, tilinta o sabiá.

Sob a ponte me deito, olho para o céu

Ponho-me ‘strelas a contar, procuro a lua,

Mas lua não há... O que fazer para por

Cada coisa em seu devido lugar?

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 31/05/2008
Reeditado em 02/06/2008
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