Amargas Cartas
Eu queria te contar meus segredos
Entregar meus desejos sem pensar
Beijar como quem vive só um segundo
E até fingir que da paixão se pode amar.
Bastava apenas uma noite para recordar
Um sonho épico que nos fizesse amantes
E seria seu meu frágil coração calado
Que sempre brinca e sorri enquanto se esconde.
Mas você nada viu entre meus olhos
Não percebeu a dor da dúvida inconstante
E até parece o fim desse ideal delirante.
Fiquei a sua espera e nem fui notada
Busquei atenção, seu perfume, seu toque, sua alma!
Perdoe-me por querer tomar posse de você
E não saber jogar com suas amargas castras...