Amando-te só!

Nas onças de tuas palavras rudes,

afago ursando o meu silêncio

e, se hiberno triste, o mais triste vou vivendo

como dócil e pequenino pássaro.

Os murros que me dão o teu olhar

encontram a minha tola mansidão,

como resposta sem razão

a encher-se de tua desértica maldade.

Amo-te incondicionalmente e a tudo dado

a saber que em teu coração nada é velado

que saia de dentro do meu a ti oferecido.

Amar-te-ei apenas em mim

em todo o silêncio que me permitir continuar vivendo,

louco e apaixonado pelo que em ti eu continuo vendo

desde os meus mais primevos olhares do passado.