Bendito seja,
Menina,
Teu perfumado hálito
Por onde passa a Vida
E onde mora seu Autor: Deus!
Benditas sejam
Tuas formas curvas,
Colírios pras minhas vistas
Pelos baques da minha existência
Tão turvas.
Bendito seja
Teu olhar assustado
Com o meu investigante.
Pois, rocei os pés teus
Com as minhas unhas,
Pois alucinei que roçou os meus
Me perdoe, se alucino.
Pois, afastei uma barreira,
Alucinado que você se aproximou.
Com teus lábios vivos,
Mudos, todavia eloqüentes
Numa feição muito bem desenhada.
Benditos sejam teus quadris
Numa curva maravilhosa e longa
Em pele nívea.
Bendito teu rosto,
Teu raiban,
Teu dorso,
Teus brincos de ouro
Em tuas orelhas.
Teus cabelos castanho-mel.
Tua necessaire,
Teu rímel,
Tuas sandálias.
Louvo todas tuas graças,
Que Deus caso te deu,
Que Deus-Acaso,
Qual bênção me concedeu.
Louvo tua despedida,
Discreta, tímida.
Teu andar pra porta,
Seu deitar-me
Um breve olhar oblíquo,
Cabisbaixo, respeitoso
Gratificado, por ter sido
Com tanta unção,
Admirada e amada.
Sim, olhar efêmero,
Ilusório.
Tênue sorriso
Nos cantos do lábios.
Tão difíceis de serem
Pelo poeta fixados.
Desembarcou e reinará
Doravante em Batatais.
Foi sonho maravilha
Congelando os instantes,
Suspirando sair de mim.
Vivenciar tua presença,
Fazer vigília,
Ouvir teus suspiros
De teu arfante peito
Ver teu intumescidos seios.
Foi gostoso
Jogar com você.
Contigo adormecer,
Com você amanhecer,
Admirar o sol brilhante despertar
Ao lado da tua janela.
As palavras,
Desnecessárias,
Foram as próprias coisas,
A Vida em onda,
Em movimento:
Elas quebrariam as mágicas!
©-Gabriel da Fonseca
---Às Amigas Reais e Virtuais
Kurita Kanibal itinerante no trajeto Cambará (PR), Batatais (SP) em PR (Processo Revolucionário poético-musical), 07/09/07; 1038; Série Erhostika)
Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 10/05/2008
Código do texto: T983184
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (cite o nome do autor e o link para a obra original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
Menina,
Teu perfumado hálito
Por onde passa a Vida
E onde mora seu Autor: Deus!
Benditas sejam
Tuas formas curvas,
Colírios pras minhas vistas
Pelos baques da minha existência
Tão turvas.
Bendito seja
Teu olhar assustado
Com o meu investigante.
Pois, rocei os pés teus
Com as minhas unhas,
Pois alucinei que roçou os meus
Me perdoe, se alucino.
Pois, afastei uma barreira,
Alucinado que você se aproximou.
Com teus lábios vivos,
Mudos, todavia eloqüentes
Numa feição muito bem desenhada.
Benditos sejam teus quadris
Numa curva maravilhosa e longa
Em pele nívea.
Bendito teu rosto,
Teu raiban,
Teu dorso,
Teus brincos de ouro
Em tuas orelhas.
Teus cabelos castanho-mel.
Tua necessaire,
Teu rímel,
Tuas sandálias.
Louvo todas tuas graças,
Que Deus caso te deu,
Que Deus-Acaso,
Qual bênção me concedeu.
Louvo tua despedida,
Discreta, tímida.
Teu andar pra porta,
Seu deitar-me
Um breve olhar oblíquo,
Cabisbaixo, respeitoso
Gratificado, por ter sido
Com tanta unção,
Admirada e amada.
Sim, olhar efêmero,
Ilusório.
Tênue sorriso
Nos cantos do lábios.
Tão difíceis de serem
Pelo poeta fixados.
Desembarcou e reinará
Doravante em Batatais.
Foi sonho maravilha
Congelando os instantes,
Suspirando sair de mim.
Vivenciar tua presença,
Fazer vigília,
Ouvir teus suspiros
De teu arfante peito
Ver teu intumescidos seios.
Foi gostoso
Jogar com você.
Contigo adormecer,
Com você amanhecer,
Admirar o sol brilhante despertar
Ao lado da tua janela.
As palavras,
Desnecessárias,
Foram as próprias coisas,
A Vida em onda,
Em movimento:
Elas quebrariam as mágicas!
©-Gabriel da Fonseca
---Às Amigas Reais e Virtuais
Kurita Kanibal itinerante no trajeto Cambará (PR), Batatais (SP) em PR (Processo Revolucionário poético-musical), 07/09/07; 1038; Série Erhostika)
Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 10/05/2008
Código do texto: T983184
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