Não Quero Apenas Sexo com Você!
Eu quero fazer Amor
Com você, hoje.
Já escavei o solo do teu peito,
Garimpei teus tesouros.
Nele fiz meu eito,
Minhas lavras
De tuas preciosas pedras,
Tuas pratas,
Teus ouros,
Teus diamantes,
Teus valores,
Teus sentimentos,
Tuas sensibilidades.
E a ti dei minhas pa-lavras.
Você já me conhece bem.
Sabe que não sou
Nenhum velhaco,
Cafajeste, sacana,
Escroque, crápula.
Sabe-me bem bacana.
Apenas um poeta mero,
Com pouca grana
E nada de Homero.
Se posso ajudar você,
Sentir, eu quero,
A remover
Algum eventual
Traço de esquizofrenia.
Quero ajudar você
A juntar teu Corpo com teu Espírito,
E o meu com minha psiquê,
Numa só alegria,
A juntar você todinha
Com eu inteirinho
E formarmos UM NÓS!
---Gabriel da Fonseca.
---Às Amigas; Kurita Kanibal, Makinaímika e Alenina em PR (Processo Revolucionário poético, musical, político cultural e democratizante), 23.05.07; 773.
---NB do Poema 768: o poema está completo, falta apenas ser
digitado; como é irmão-gêmeo do 773, que o complementa, o explicita (descobri dias depois uma semelhança dele com A Escavação do Outro, de Carlos Drummond de Andrade), o divulgo, ainda que parcialmente agora.
Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 29/05/2008
Código do texto: T1010060
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