Coração ocupado!
Muitos foram os momentos...
Intensos...fixando sentimentos
Só quem não sofreu...não viveu!
As dores e delícias do amor
Podemos fazer um breve balanço
Dos nossos retrocessos e avanços
E o faço aqui seguro de mim
Afirmando que ninguém ama...
Ou amou em vão nenhuma chama
Há que se guardar o que foi bom...
E o que de ruim dar-lhe um fim
Para abrir um maior espaço
Para o novo amor ocupar
Sem dor e nem ressentimento
Aos velhos amores um recanto sossegado
Agir assim me parece mais civilizado
O fogo...o ardor...o fulgor...o valor
De cada amor não pode ser mensurado
O tesão...a paixão...é do presente...
Não cabe aqui citação de religião
É tolice! É bobice! Mera ilusão!
O amor é livre! Sem comparação
Do que se foi...do que é...bem natural!
Então...depois de anos...estou sim... ocupado!
Meu coração transparece que está apaixonado
Criou ‘juízo’ e está no momento enamorado
Querendo pular de alegria no dia dos namorados.
Não me sinto mais um solitário meio largado...
Ela entrou e ocupou seu lugar no camarote
E estou gostando dessa experiência
De virar um bom moço...fiel e devotado
Prova disso que não estou mais olhando...
Para o rebolado das outras...cobiçando...
Com interesse malicioso e tendencioso
Meus olhos, meus sonhos...estão nela e por ela
Áquela com a qual quero unir meus trapos e farrapos
Vivendo e curtindo o melhor que a vida nos levar
Afinal...para todos a fila deve andar!
Hildebrando Menezes