EM OUTROS PLANOS...
Meu cigano é temperamental,
vive em busca dos fios pratas da lua
e da visão cintilante das estrelas.
Vagueia solitário pelas estradas
tentando esculpir seu sonho real,
dorme nas sombras das madrugadas.
Seu cobertor é o orvalho companheiro
e a canção triste do vento outonal
que acompanha o tempo ligeiro.
Quando a paisagem anuncia a invernia
um homem abrandado cai na real,
chega manso com a luz finda do dia...
Cansado de suas andanças,
retorna com as mãos frias e nuas
traz nostalgia num olhar triste de criança.
Abro meus braços, enlaço, solto o riso!
Ele acaricia o meu corpo em festa
e rodopiamos despidos, sem juízo!
No seus olhos d’água, a chama do desejo
desaguando num ventre em saudades,
arde a chama da vida na boca dos beijos!
Ao longe, um canto de lamento cigano
entrelaça nossas almas predestinadas,
que já eram unas, em outros planos...
25/05/2008
Meu cigano é temperamental,
vive em busca dos fios pratas da lua
e da visão cintilante das estrelas.
Vagueia solitário pelas estradas
tentando esculpir seu sonho real,
dorme nas sombras das madrugadas.
Seu cobertor é o orvalho companheiro
e a canção triste do vento outonal
que acompanha o tempo ligeiro.
Quando a paisagem anuncia a invernia
um homem abrandado cai na real,
chega manso com a luz finda do dia...
Cansado de suas andanças,
retorna com as mãos frias e nuas
traz nostalgia num olhar triste de criança.
Abro meus braços, enlaço, solto o riso!
Ele acaricia o meu corpo em festa
e rodopiamos despidos, sem juízo!
No seus olhos d’água, a chama do desejo
desaguando num ventre em saudades,
arde a chama da vida na boca dos beijos!
Ao longe, um canto de lamento cigano
entrelaça nossas almas predestinadas,
que já eram unas, em outros planos...
25/05/2008