Estoy
A juntar cacos
De aPENAS um fim-de-caso
Que não dão mais loiças,
Não dão mais taças,
Não dão mais peças.
Mas, sim, aPENAS um mosaico,
Uma bricolage
De fragmentos,
Colada pra se ver na loisa,
Que a mim me espelha
E as minhas esquarte-
Jadas partes,
Mediante a qual
Ainda vejo
Que ainda ressangro
Pelas perdas de coisas
De excelências.
Sangue em metamorfose
Pra versos
Pelas, das palavras, artes
De poetas di-versos.
-Gabriel da Fonseca.
Às Amigas Reais e Virtuais. 30/10/07, em caminhada pro trabalho à tarde, no Passeio Público de Curita, 14:50h, 1137.