Por que?
Ainda pasmo à lembrança
Daquela simples manhã
Em que olhares tímidos se assistiam ao café.
Palavras vacilavam
E nada esclareciam...
Tremulava a mão do poeta
Tocando ali, a inspiração
de seus sonetos
Numa tumultuada esquina da estação.
Era verão...
Tudo era claro
E é linda a visão
Que acaricio em devaneios
Tal sonhos antigos e alheios...
Oh... Poeta, por que veio?
Perder-me-ia de te encontrar!
Pois hoje, já não me consola
sonhar e delirar tão belo
Como antes de sabê-lo...