Profissão de fé

PROFISSÃO DE FÉ

Um dia me pediu a poetisa

Para escrever um poema alegre, que é

Na verdade uma profissão de fé

Recusar, eu, quem imagina?

Pois bem querida poeta, aqui vai

Um poema que talvez não seja triste

Pois, mais do que isso ele resiste

A natural melancolia dos meus ais...

A tristeza chega a ser tão constante

Que deixa turvos momentos de alegria

Esquecidos em cima da estante

Na fragilidade das fotografias...

Às vezes sinto um contentamento

Uma leve alegria que me invade

Tenho saudades desse sentimento,

Que se configura na força da amizade

Também me alegro com poemas

Que possuem doces mensagens contentes

E frases tranqüilas, serenas...

Provocando sorrisos conscientes.

Eu quis escrever um poema brando, calmo e leve.

Mas já não sei se hoje em dia se deve,

Dar tais características à poesia,

Ou a qualquer outra coisa que se escreve!

Eu fui um menino sem sonhos...

Assim, cresci sem ter o que realizar.

Os instantes de alegria foram estranhos...

Por isso eu os deixei passar!

Passaram pra tão longe,

Que não sei mais se podem voltar,

Mas tem dias que vejo no horizonte

Uma chama ilusória que quer me alegrar

Essa ilusão pode ser real,

Mas talvez, eu não queira acreditar!

E se a esperança for assim fundamental

Seus poemas estão ai pra me ajudar

Uma ajuda poética, integra e amiga

Que nos preenche mais do que agente imagina

Por isso, se hoje sou um pouco mais alegre,

É por causa de pessoas como você, Poetisa!

Nilton Junior
Enviado por Nilton Junior em 15/05/2008
Reeditado em 25/05/2008
Código do texto: T990960
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