CASTELOS DE AREIA

Meu mano, nossas histórias

tantas vias de contar.

De começo adivinhável

no curso de nossas dores,

olhar de doces mulheres

mil promessas de amores,

irrespondíveis perguntas

estendidas no varal

das coisas que decidiste

de repente indexar.

Histórias de construírem

a mim e a ti, meu irmão,

alta torre indestrutível

construída de afeição

argamassando na tarde

uma pá de intenções

na vontade do sorrir.

Agora , mano, as histórias

decididamente estão

mais distantes de espelharem

todas as nossas volições

de castelos de areia

feitos na beira do mar

bem perto de onde as ondas

costumam a terra beijar

e carregar para o fundo

todo sonho arquitetado

ao sabor do sal do mar.

Edmilson da Silva
Enviado por Edmilson da Silva em 11/04/2008
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