Borboleta Organoléptica
Descansa,
Que nesse tardo fardo só quem se impõe
É a morte.
E de todos os saltos incompreensíveis
Em prol do todo beirando o nada,
Se jamais entendem
É porque jamais sentiram;
E não podem amar.
Os surtos organolépticos
E as membranas impermeáveis,
De um todo complexo,
Não são senão desejo
Mesclado ao sonho
E um sal de força;
São bombas de desespero
Que depois de expostas
Viram mágicas reais,
E pesadelos de momentos
Que revelados não são nada,
Mas com metáfora viram graça
E traça
Pra borboletar e mostrar,
Que do pouco
Surge minúsculo
Aquele sonho,
Aquele desejo.
Palmas pra eles
agora posso vê-los;
Agora são reais.