AOS POETAS LUSOS
Olhos lusos de alma bela;
Coração de encanto enternecido,
Eis que vai meu ser em caravelas
Por mar infindo, azulado, esquecido...
Ruma ao horizonte e sempre vai...
Levando meus lenços e mágoas,
Consumido pela espuma que se esvai...
Para serem encharcados nas águas!
E nesse recanto luso-brasileiro
Onde a poesia é presente que se doa;
Toco no oceano de ilusões, meu veleiro,
Onde um mar de poesias se escoa!...
Vai de Brasil ao distante Portugal,
Numa viagem ilusória e constante
De poesia leda e verso fluvial
Avança ao mar, revolto e distante!
E eis que chega ao seu destino
A cada poeta que dantes, absorto,
Ecoa poeticamente sublime hino;
Ancorando versos em sublime porto!