Cadeira vazia

Fechei todas as janelas

e o sol agora entra apenas

pela porta.

Ela, pensada e morta,

foi à rua

chorar na praça,

cruzar novas estradas...

foi embora.

Fechar-te-ei também,

ó porta linda,

mas a cadeira

vazia à sala será sempre dela,

nalgum lugar

de alguma sala

sem qualquer longa espera,

mas na mesma casa...