CORAÇÃO AFLITO






Quando tu viajas,
Enlouqueço e me desespero...


Quando somes,
O meu ser se aflige
Fico a devorar meus dedos...


E com o avançar das horas
O meu coração sai pela boca
Fica exposto no meu alpendre 


Nas desoras,
O meu peito quase falece...


E na madrugada,
O silêncio me fala
Que falta pouco para eu beber
O meu vinho e calçar o meu sapato...


Quando tu chegas,
Contento-me
E envaideço-me...



Ponho o coração de garganta adentro
E rego minha alma de sorriso.



Quando me beijas,
Entrego-te o meu coração
Em servidão eterna.




Para Ivete Santos